Antes de ser içada, embarcação naufragada terá que ser reposicionada no fundo do rio

Durante o reconhecimento da área de trabalho, mergulhadores verificaram que existem grandes volumes de carga soltas e por isso, houve algumas readequações na operação.

Foto: Maksuel Martins

A empresa contratada pelo Governo do Amapá para tirar a embarcação naufragada Anna Karoline III do fundo do Rio Jari já está com a balsa posicionada para o resgate do barco. Contudo, o Plano de Reflutuação precisará de algumas readequações para que a operação transcorra com maior segurança.

Após posicionar as poitas – pesos em concreto que proporcionam equilíbrio da balsa no momento de içar o navio – as equipes de engenharia da empresa e do Corpo de Bombeiros, que acompanham a operação, agora se concentram em reposicionar o navio ainda debaixo da água para evitar grandes perdas de cargas.

É que mergulhadores verificaram que existem grandes volumes de carga soltas na área do convés. Por medida de segurança foi definido que haverá, primeiramente, um deslocamento da embarcação ainda submersa até um local de menor profundidade e mais próximo da margem. Esse reposicionamento será feito até que o navio fique com uma inclinação que permitirá o içamento com mais segurança a com menor perda de carga.

Os técnicos da empresa e do Corpo de Bombeiros planejam colocar nesta quarta-feira (25) os cabos de aço nos locais determinados pelos mergulhadores. No entanto, este trabalho só pode ser feito com a maresia favorável, por questões de segurança.

Como todo o trabalho é desenvolvido em uma área de grande complexidade e que envolve instabilidade climática, ainda não há data precisa para ocorrer o içamento.

Medidas

O Estado contratou de forma emergencial a empresa de Belém (PA) para o serviço, em virtude da omissão dos proprietários da embarcação, a quem cabe a retirada do barco. O custo é de R$ 2,4 milhões. O estado vai acionar os proprietários da embarcação naufragada na Justiça para ser ressarcido do valor.

Com a operação em curso, todas as atividades de resgate dos mergulhadores do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá (CBM/AP) foram suspensas. A corporação agora dá suporte à operação de reflutuação.

Para reforçar a segurança, a Polícia Militar do Amapá também acompanha o trabalho.

Fonte: Portal GEA